A Gol Voltará a Oferecer Lanches Gratuitamente em Seus Voos Domésticos
A Revista Época informou que a Gol voltará a oferecer lanches de graça em todos os seus voos domésticos a partir deste mês. Segundo a revista, a companhia oferecerá um “snack orgânico”, que usa farinha e grãos integrais, tem sabor de “azeite e ervas” e é feito pela Mãe Terra, uma marca de alimentos saudáveis.
Em 2009, a Gol havia parado de dar barrinhas de cereal ou saquinhos de amendoim grátis aos passageiros em praticamente todas as rotas nacionais, deixando só a opção de cardápio pago, o que desagradou a parte de seus clientes.
A Gol calcula que vai distribuir cerca de 2,5 milhões de pacotinhos do novo “snack” por mês. De acordo com a Época, a empresa chegou a negociar com a Nestlé e outras fornecedoras de lanches que pudessem ser chamados de saudáveis. Mas optar pela Mãe Terra teve uma vantagem: por ser uma empresa média, ter a marca exposta nos voos foi visto como uma oportunidade de marketing. Por isso, a negociação ficou mais favorável à companhia aérea. “É um custo que vai caber no orçamento já previsto para o ano”, diz Paulo Miranda, diretor de produtos da Gol. Assim, segundo o executivo, o gasto não terá impacto perceptível nos próximos balanços.
Nos últimos anos, companhias aéreas do mundo todo passaram a cobrar por “serviços extras” – não apenas comida a bordo, mas espaço um pouco maior nas poltronas, permissão para levar bagagem extra e até o conforto de não pegar fila para embarcar. Na Gol, essas “receitas auxiliares” têm crescido em importância. No primeiro trimestre, elas geraram R$ 277,8 milhões, ou 11% das receitas totais, alta de 32,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A conta inclui desde os transportes de carga pela Gollog até a venda de malas pela companhia – e, claro, a comida paga.
A reportagem avalia que nos últimos anos a Gol deixou de ser percebida como a opção “low cost” e que o preço de suas passagens se tornou parecido com o da concorrência. Para especialistas no setor, fica difícil oferecer um serviço muito low cost – a ponto de não ter nem a barrinha – quando não se é, de fato, tão low cost. A empresa detectava, em pesquisas internas, a insatisfação de parte dos clientes. Principalmente aqueles que voam pela primeira vez, um passageiro comum na companhia. “Para esses, uma experiência bacana a bordo é ainda mais importante”, afirma Miranda.
Outra questão é que o cardápio pago – que segue existindo – nunca rendeu margens relevantes para a empresa. “Podemos dizer que ele se paga. Mas não produz um lucro que possa ser sentido no balanço”, afirma Miranda. Dessa forma, a vantagem de ter apenas a opção cobrada, do ponto de vista do negócio todo, parecia não cobrir as desvantagens“.
Leia a matéria completa no site da Época.
Fonte: site Melhores Destinos, por Denis Carvalho.