FLYWAYS Linhas Aéreas: Poderá Uma Nova Companhia Aérea Mudar Os Rumos da Aviação Comercial Brasileira?

FLYWAYS Linhas Aéreas: Poderá Uma Nova Companhia Aérea Mudar Os Rumos da Aviação Comercial Brasileira?

04/08/2015 0 Por CarlaUmbria

Com funcionamento autorizado no último dia 13, a mais nova companhia aérea brasileira ainda faz suspense sobre suas rotas, tarifas e promoções mas com certeza irá trazer maior competitividade e ofertas de voos nacionais.

E de modo prático, como isso facilitaria a vida de quem precisa viajar atualmente?

Entenda por que precisamos tanto de mais companhias aéreas, como passageiros e como brasileiros!

O site da Flyways Linhas Aéreas já está no ar mas ainda em fase de construção. Não aconteceu qualquer evento de lançamento nem para a grande mídia, para o setor de aviação ou para o público mesmo que restrito porém, alguns sites internacionais já começam a divulgar a novidade em suas páginas, apostando na melhoria que uma nova empresa pode trazer ao tráfego aéreo nacional.

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Logomarca da empresa Flyways Linhas Aéreas… Finalmente boas notícias para o mercado nacional?

A origem da FLYWAYS ainda é um mistério.

Nada sobre ela foi divulgado nem mesmo no exterior. Digo isso por ter buscado em periódicos estrangeiros especializados alguma nota sobre qualquer companhia aérea que tivesse interesse em investimento no Brasil ou que estivesse procurando espaço para entrar em nosso mercado. Porém, não há qualquer tipo de informação sobre capital estrangeiro a envolvendo. Isso leva a crer que ela possa ser autenticamente nacional.

Sites como o Suíço CH Aviation ou o  CAPA – Centre For Aviation, baseado na Ásia mas com colaboradores em todos os blocos continentais tem  basicamente a mesma informação sobre ela: nada se sabe  ao certo mas isso vai mexer com o mercado brasileiro. Não é preciso sermos especialistas como os citados acima para entendermos bem como funciona isso.

Somos cerceados por decisões tomadas em grupo, pelas 3 companhias aéreas nacionais.

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Quando grandes decisões que influenciam a vida de muitos estão nas mãos de poucas pessoas que usam sua influência de maneira excusa temos a formação de cartel, ou, uma máfia. Pode ser Al Capone com as bebidas alcoólicas ou companhias aéreas com tarifas e regras de operação.

De 5 anos para cá temos visto pequenas companhias nacionais serem encampadas pelas três gigantes contudo, a compra destas menores pelas fortes nem sempre cobriu todas as rotas ou horários que eram atendidos por estas empresas de pequeno porte. Vimos nomes como RIO SUL, BRA, TRIP e WEBJET deixarem de existir de uma hora para outra e talvez somente tenhamos tomado ciência de que o mercado nacional começava a portar-se em formato de cartel quando a GOL, que nasceu timidamente perto do ano 2000, engoliu a companhia aérea mais tradicional da história da aviação brasileira: A VARIG.

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Comercial interno de tablóide americano em 1974, inaugurando o voo entre Rio e New York. Um breve histórico conta sobre a criação da companhia em 1927.

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As comissárias de bordo da VARIG na década de 60: sonho de mais da metade das garotas do país. Símbolo de luxo, elegância e educação, eram ícones de moda e comportamento para toda a sociedade brasileira.

 

Voltando um pouco mais no tempo relembramos também as grandes companhias que entraram em decadência próximo ao ano 2000 e simplesmente entregaram aeronaves e demitiram funcionários em grande escala.

Foram tempos difíceis para a TRANSBRASIL e para a VASP, e estas deixaram lacunas ainda maiores na malha aérea, pois com elas se foram rotas internacionais, muitas rotas nacionais para todas as regiões do país e preços competitivos.

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O colorido avião da Transbrasil… Eu queria muito um de brinquedo quando era criança, amava as cores da cauda parecendo um passarinho!

 

 

 

Se analisarmos o passado, veremos que até a chegada da AZUL no Brasil em 2008, contávamos apenas com a TAM e VARIG atendendo as rotas internacionais pois, naquela época, a GOL ainda não possuia voos para além da América do Sul.

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O lindo MD-11 da VASP. Um sonho quando me tornei comissária era estar dentro dele, a bordo da rota que fazia Guarulhos / Athenas. A companhia fechou as portas antes que eu pudesse fazer minha banca de admissão…

Tudo isso, somado a um país de proporções continentais, fez com que a regulamentação das tarifas aéreas brasileiras ficasse fora de controle.

As companhias pequenas auxiliaram na demanda de voos para as regiões mais afastadas do Sudeste ou para aeroportos menores porém, como descrevi a pouco, não suportaram fazer frente as gigantes do mercado. Outros casos, como o da WEBJET, vieram em um formato de saída sutil: ela primeiro foi comprada pelo Grupo CVC para atender a demanda de fretamentos da operadora de turismo, e passou a trabalhar exclusivamente para ela. Depois, a CVC abriu mão da empresa e ela simplesmente “desapareceu” do mercado, devolvendo as aeronaves para a Europa e demitindo em massa seus funcionários.

Por conta do descontrole, o brasileiro viajou menos em 2014 do que em 2013 e as 3 gigantes então precisaram focar seriamente em promoções para trazer os clientes de volta.

A época pode até não ser das mais favoráveis no quesito valores de câmbio mas, os preços de passagens aéreas já estão mais baixos do que o normal. Talvez pela previsão de “vacas magras” do mercado de turismo para os próximos meses as promoções, agora acontecendo quase todo final de semana, conseguiram voltar a elevar as vendas, mas o perfil do cliente está mais crítico e muitos consideram viajar também por outros meios quando não há boa oferta.

O volume de viagens  aéreas aumentou cerca de 7% no acumulado do primeiro semestre de 2015, se comparado ao mesmo período no ano de 2014. O brasileiro está viajando mais, tanto a trabalho como a lazer. Seria já um reflexo da necessidade de baixar preços por estarem os passageiros mais críticos com seu dinheiro? Difícil afirmar agora porém, de qualquer forma, o momento se fez e é chegada a hora de termos sangue novo no mercado.

E nessa onda de “bons ventos”  é que chega a FLYWAYS Linhas Aéreas

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Front Page do site da Flyways, ainda em construção. Deixei o endereço no topo da imagem. Ele não sai desta página mas já está ficando com “cara” de funcional. Vamos torcer!

Através das notícias internacionais descobri que ela será sediada no Rio de Janeiro, o que pode ficar evidente nas fotos do site com imagens do Cristo Redentor e do Pão de Açúcar, e que voará com os aviões ATR72-500 que eram da AZUL linhas Aéreas e que ainda estavam no Brasil, guardados no aeroporto de Viracopos, em Campinas.

O fato dela usar os ATR também me levou a crer que seja 100% capital nacional pois, relembrando a chegada da GOL, quando foi trazida para o Brasil pelo dono da Inglesa EASYJET, veio com seus Boeings 737-800 ou seja, se os aviões da Flyways  já estavam aqui é sinal de que o capital também deve estar… Vamos aguardar!

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O ATR72-500. São aviões modestos, para até 100 passageiros e isso mostra que as rotas serão menores mas, não desanimem! Se até a TAM começou as operações com o FOKKER 100 ( ui! ), vamos torcer para a Flyways crescer também!

Sobre as rotas, foi divulgado no exterior que ela operará ente os aeroportos do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Juiz de Fora. Outro site cita ainda Campinas e Manaus como parte integrante dos roteiros inciais porém, o mistério – que é alma do negócio – ainda é enorme sobre quando, para onde e principalmente por quanto a companhia irá transportar seus passageiros.

Algo que me chamou bastante a atenção no site foi um compromisso ambiental. Os aviões prometem emitir menos poluentes. Espero que realmente aconteça. Isso pode também representar um projeto futuro de expansão internacional pois vários países adotam medidas e impostos mais favoráveis a empresas com propostas chamadas “eco-friendly” ou amigavelmente ambientais. Bom sinal já na chegada!

Emissão de gases

Trecho da frot page retirado do site da Flyways. Tomara que honrem esta proposta ambiental. Ela já chega com ideias mais simpáticas ao meio ambiente.

Todos torcendo! O site em construção é sinal de que falta pouco para começar, esperamos que os bons ventos cheguem logo, e nas cores da Flyways! Sucesso e seja muito bem vinda! 

E você? Já viajou com companhias aéreas novas ou com aviões muito pequenos, para aeroportos distantes? O que achou desta experiência?

Conte um pouco sobre o que viveu e sobre o que espera da chegada dessa nova empresa no Brasil. Deixe um comentário na caixa abaixo, compartilhe a notícia e siga este site para receber as atualizações sobre este artigo e sobre  mais temas ligados ao Turismo!

Muito obrigada por me acompanhar!